Clã Kamo

O clã Kamo (賀茂氏, Kamo-shi?) foi uma família de sacerdotes do Japão[1] com suas raízes em um santuário do Período Yayoi a nordeste de Kyoto.[2] O clã adquiriu proeminência durante os períodos Asuka e Heian quando os Kamo eram identificados como os fundadores do Santuário Kamo no século VII.[3]

Santuário Kamo

O nome do Santuário Kamo se refere aos primeiros habitantes da sua área, sendo que muitos continuaram a viver no entorno do santuário.[4] Os nomes formais jinja relembram raízes vitais do clã numa História anterior à fundação da antiga capital do Japão.[5]

O Santuário Kamo compreende os hoje independentes mas tradicionalmente relacionados jinja ou santuários—o Santuário Kamo-wakeikazuchi (賀茂別雷神社, Kamo-wakeikazuchi jinja?) no distrito de Kita em Kyoto; e o "Santuário Kamo-mioya'" (賀茂御祖神社, Kamo-mioya jinja?) no distrito de Sakyo. O termo jinja identifica os diversos kami ou divindades veneradas; e o nome também se refere às matas próximas ao santuário.[6]

A wild vist unfolds at Tadasu no Mori.

Apesar de hoje estar incorporada às bordas da cidade, a localização antes era Tadasu no Mori (糺の森),[7] a floresta onde viviam os administradores do templo desde tempos remotos.[8]

Membros notáveis do clã

Apesar de Tokugawa Ieyasu nunca ter usado o sobrenome Matsudaira antes de 1566, sua ascensão a xogun esteve contingente à sua lealdade ao clã Matsudaira e uma ligação com os Seiwa Genji. Estudos atuais revelaram que a genealogia atribuída ao imperador continha informações falsas; entretanto, uma vez que os Matsudaira usavam o mesmo símbolo do clã Kamo,[9] os estudiosos afirmam que ele realmente descendia do clã Kamo."[10]

Nota

  1. Breen, John and Mark Teeuwen. (2000). Shinto in History: Ways of the Kami, p. 86.
  2. Shimogamo-jinja web site: history.
  3. Nussbaum, Louis-Frédéric et al. (2002). Japan Encyclopedia, p. 586.
  4. Nelson, John K. (2000). Enduring Identities: The Guise of Shinto in Contemporary Japan, pp. 92-99.
  5. Miyazaki, Makoto. "Lens on Japan: Defending Heiankyo from Demons," Daily Yomiuri. December 20, 2005.
  6. Kamigamo-jinja web site: about the shrine Arquivado em 21 de fevereiro de 2009, no Wayback Machine..
  7. Terry, Philip. (1914). Terry's Japanese empire, p. 479.
  8. Nelson, p. pp. 67-69.
  9. Nussbaum, Japan Encyclopedia, p. 34.
  10. Plutschow, Herbert. (1995). "Japan's Name Culture: The Significance of Names in a Religious, Political and Social Context, p. 158.

Referências

  • Breen, John and Mark Teeuwen. (2000). Shinto in History: Ways of the Kami. Honolulu: University of Hawaii Press. 10-ISBN 0-824-82363-X; 13-ISBN 978-0-8248-2363-4
  • Iwao, Seiichi, Teizō Iyanaga, Susumu Ishii, Shōichirō Yoshida, et al. (2002). Dictionnaire historique du Japon. Paris: Maisonneuve & Larose. 10-ISBN 2-7068-1632-5; 13-ISBN 978-2-7068-1632-1; OCLC 51096469
  • Nelson, John K. (2000). Enduring Identities: The Guise of Shinto in Contemporary Japan. Honolulu: University of Hawaii Press. 10-ISBN 0-8248-2259-5; 13-ISBN 978-0-8248-2259-0
  • Nussbaum, Louis-Frédéric and Käthe Roth. (2002). Japan Encyclopedia. Cambridge: Harvard University Press. 10-ISBN 0-674-00770-0; 13-ISBN 978-0-674-00770-3 (cloth) -- 10-ISBN 0-674-01753-6; 13-ISBN 978-0-674-01753-5 (paper)
  • Plutschow, Herbert. (1995). "Japan's Name Culture: The Significance of Names in a Religious, Political and Social Context. London: Routledge. 10-ISBN 1-873410-03-4; 13-ISBN 978-1-873410-42-4 (cloth)
  • Terry, Thomas Philip. (1914). Terry's Japanese empire: including Korea and Formosa, with chapters on Manchuria, the Trans-Siberian railway, and the chief ocean routes to Japan; a guidebook for travelers. New York: Houghton Mifflin. OCLC 2832259