Guendolena da Bretanha

Guendolena
Rainha da Grã-Bretanha
Reinado 1071 ac. - 1058 ac.
Consorte Locrino
Antecessor(a) Locrino
Sucessor(a) Madano
 
Descendência Madano
Pai Corineu da Cornualha

Guendolena[1] ou Gwendolen (em latim: Guendoloēna), foi uma rainha lendária da Grã-Bretanha. Sua história é contada por Godofredo de Monmouth em sua obra História dos reis da Bretanha.

Biografia

Segundo Godofredo de Monmouth, Guendolena era a filha de Corineu, rei da Cornualha, e um dos guerreiros de Bruto de Troia. Ela era esposa de Locrino, o filho mais velho de Bruto de Troia e de Inogen, considerado o primeiro rei lendário da Bretanha. Locrino, descendente do troiano Eneias, era rei de Logres; com ele, Guendonlena teve um filho chamado Madano.[2] Após o falecimento de Corineu, Locrino se divorciou dela para ficar com sua amante Estrildis, a mãe de sua filha de nome Habren. Estrildis era a filha de um rei da Germânia capturada por Humbero, o Huno, que a levou para a Bretanha. Quando Locrino e seus irmãos o derrotaram, ele se apaixonou pela princesa. Porém, como ele já estava noivo de Guendolena, foi obrigado a manter sua palavra, e assim a manteve como sua amante.

Como consequência do divórcio, a princesa fugiu para a Cornualha, onde viveu por alguns anos. Guendolena armou um grande exército e lutou contra o ex-marido perto do rio Stour, onde Locrino foi morto. Assim, Guendolena se tornou a primeira rainha reinante dos bretões, reinando à maneira de seu pai na Cornualha. Para se vingar de Estrildis e Habren, ela os afogou no Rio Severn, que em galês antigo se chamava Habren. Após isso, ela governou pacificamente por quinze anos até abdicar em benefício de seu filho, e viveu o resto de sua filha na Cornualha.

De acordo com História dos reis da Bretanha, à época de sua morte, Samuel era juiz na Judeia, Eneias Silvio era rei em Alba Longa, na Itália, e o escritor grego Homero se tornava famoso na Grécia.[3]

A rainha, cujo nome possivelmente significa "anel branco, arco branco", aparece no poema do século XVI A Rainha das Fadas, de Edmund Spenser.[4] Na época em que foi escrito, a rainha era Isabel I de Inglaterra da Casa de Tudor, sendo que o poema pode ser encarado como uma homenagem a ela.

Ela é uma das doze filhas de Albion, nas obras do poeta inglês William Blake, e aparece como um símbolo da soberania britânica.[4]

Aparentemente, a sua história também influenciou a ópera Gwendoline do compositor francês Emmanuel Chabrier, do século XIX.

Precedida por
Corineu
Rainha da Cornualha
Sucedida por
Madano
Precedida por
Locrino
Rainha de Logres e Alba (Escócia)
Sucedida por
Madano
Precedida por
Kamber
Rainha de Câmbria
Sucedida por
Madano


Árvore genealógica da Casa de Bruto
CorineuBrutoInogen
GuendolenaLocrinoEstrildisCamberAlbanacto
MadanoHabren
MempricioMalina
Ebrauco
Bruto Escudo Verde19 filhos30 filhas
Leil
Rud Hud Hudibras
Bladud
Leir
GonerilReganCordélia
MarganoCunedagio
Rivalo
GurgustioDesconhecida
SisilioJago
Quimarco
GorbodugoJudon
FerrexPorrex

Referências

  1. História, Volume 19. [S.l.]: A Universidade. 2000. p. 30 
  2. «Histories of the Kings of Britain (Book II)». sacred-texts.com 
  3. «Gwendolen Queen of the Britons [Legendary]». ffish.com 
  4. a b «Girls Names From the Top 100 of the 1920s». Waltzing More Than Matilda