Melanosuchus latrubessei
Jacaré-brasileiro | |||||||||||||||||||
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Ocorrência: Mioceno 16–5,3 Ma[1] | |||||||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||||||
Extinta | |||||||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||||
Melanosuchus latrubessei (Souza-filho, 2020) |
O jacaré-açu-brasileiro (Melanosuchus latrubessei) também referido somente como jacaré-brasileiro, é uma espécie de crocodiliano extinta que viveu em uma região que abrange ao que hoje condiz aos estados do Acre e Amazonas.
Características
O jacaré brasileiro é de dimensões quase idênticas às do contemporâneo jacaré-açu, sendo sutilmente mais robusto. Os machos totalmente crescidos teriam medido 3,5 a 4,5 metros, com pesos medianos variando de 300 a 400 quilogramas[2]. A espécie teria um crânio mais robusto feito para a maior capacitação de consumo de tartarugas e crustáceos, sendo detentor de uma mordida consideravelmente mais forte que a de seu parente moderno.
Paleoecologia
O jacaré brasileiro viveu em meio a uma rica fauna, mas em contraste ao jacaré-açu, o jacaré brasileiro não ocupou o topo da cadeia alimentar, sendo um mesopredador de alto nível trófico. A espécie potencialmente se alimentou de macacos do já extinto gênero Stirtonia, e também de grandes roedores do gênero Josephoartigasia, assim como também preguiças, botos, aves aquáticas, as serpentes do gênero Colombophis e demais presas.
O jacaré brasileiro provavelmente teve como competidor principal os crocodilídeos do gênero Charactosuchus, com os quais disputou certamente o acesso a peixes, e também entrara em conflitos com as pequenas espécies do gênero Mourasuchus, e fora suprimido pelas espécies grandes do gênero e igualmente pelos gavialídeos do gênero Gryposuchus, mas fora suprimido ecologicamente e predado pelo Purussaurus brasiliensis. Provavelmente coexistiu com o jacaré-açu (Melanosuchus niger) [3].
Referências
- ↑ Rio, Jonathan P.; Mannion, Philip D. (6 de setembro de 2021). «Phylogenetic analysis of a new morphological dataset elucidates the evolutionary history of Crocodylia and resolves the long-standing gharial problem». PeerJ. 9: e12094. PMC 8428266. PMID 34567843. doi:10.7717/peerj.12094
- ↑ Thorbjarnarson JB (2010). "Black Caiman Melanosuchus niger ". pp. 29–39. In: Manolis SC, Stevenson C (editors). Crocodiles. Status Survey and Conservation Action Plan. Third edition. Darwin: Crocodile Specialist Group. iucncsg.org
- ↑ https://oeco.org.br/noticias/fossil-de-jacare-revela-nova-especie-que-viveu-na-amazonia-ha-10-milhoes-de-anos/