Revista Kodak

Revista Kodak foi uma revista brasileira editada em Porto Alegre.

Histórico

Foi a primeira revista ilustrada da cidade[1], editada inicialmente na gráfica do Instituto Parobé.[2] Também foi a pioneira na veiculação de abundante material fotográfico e também a primeira a enfocar o público dos cinemas locais, publicando fotogravuras como conteúdos independentes e logo a seguir como ilustrações de anúncios publicitários de exibidores cinematográficos.

Circulou semanalmente entre 1912 e 1920, voltada para arte, cultura e vida social, tinha por objetivo ser a fotografia semanal do Estado e, particularmente, da cidade.[3]

Era pautada pela presença de conteúdo cuja quantidade de assuntos amenos era considerável, aberta às tendências comportamentais do mundo moderno.[4] Por isso tinha um público mais restrito, ligado principalmente aos centros urbanos, detentores de melhores condições econômicas, já que a fartura de material fotográfico encarecia a publicação, que acabava custando bem mais que um jornal diário.[4]

Em 2012 o Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa pretende organizar uma exposição em comemoração ao centenário de fundação da Revista Kodak.[5]

Artistas

A revista atraiu diversos artistas, entre litógrafos, pintores, fotógrafos, escritores e poetas. Publicaram suas obras na Revista Kodak: Giuseppe Gaudenzi, João Fahrion, Aureliano de Figueiredo Pinto, Augusto Gonçalves de Sousa Júnior, Emílio Guimarães e o Barão de Itararé.

Acervos

É possível ter acesso a alguns exemplares da Revista Kodak no Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa.[6] A Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul também possuía uma coleção incompleta, roubada no inverno de 2007.[7]

Outras Revistas

Houve uma Revista Kodak que circulou no Rio de Janeiro na década de 1930, até pelo menos 1941[8], outra na Espanha que circulou nas décadas de 1920 e 30, a Revista Kodak para fotografos aficionados.

Referências

  1. ↑ TRUSZ, Alice Dubina. Cinema e imprensa ilustrada nos anos de 1910: a vida passa e as imagens ficam.
  2. ↑ DOBERSTEIN, Arnoldo Walter. Estatuários, catolicismo e gauchismo, Coleção História vol. 47, EDIPUCRS, 2002, 372 pp., ISBN 8574302619, ISBN 9788574302614.
  3. ↑ NOGUEIRA, Isabel Porto; MICHELON, Francisca Ferreira. Mulheres da música na Revista Illustração Pelotense: a imagem como construção da identidade.
  4. ↑ a b RÜDIGER, Francisco. Tendências do Jornalismo. Porto Alegre: Editora da Universidade, 1998.
  5. ↑ Importante é preservar, Correio do Povo, 28 de março de 2011.
  6. ↑ SCHOSSLER, Joana Carolina. Lembranças Fotográficas da Vilegiatura Marítima no Rio Grande do Sul. X Encontro Estadual de História, ANPUH-RS, 2010.
  7. ↑ TRUSZ, Alice. Entre lanternas mágicas e cinematógrafos: as origens do espetáculo cinematográfico de Porto Alegre, 1861-1908.
  8. ↑ ANDRADE,Ana Maria Mauad de Sousa. Sob o signo da imagem, UFF, Niterói, 1990.
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